A empresa Santa Maria, consorciada ao BRT Rio, demitiu por justa causa, na manhã desta sexta-feira, o motorista Cláudio Hamilton. Ele dirigia o ônibus do corredor expresso Transcarioca, no início da noite desta quinta-feira, quando uma menina de 6 anos ficou pendurada do lado de fora do coletivo, entre as estações Parque União e Aroldo Melodia, na Zona Norte do Rio.
Apesar do pedido de passageiros, o motorista só parou após cerca de dois quilômetros. Ele abandonou o local sem prestar esclarecimentos e atendimento. A criança e a bisavó sofreram ferimentos leves. O caso foi registrado como lesão corporal culposa, quando não há intenção de matar.
Ao descer do ônibus, Cláudio foi embora sem prestar esclarecimentos sobre ocorrido. De acordo com policiais do 22ºBPM (Maré), o motorista não estava no local na chegada da polícia. "Ele soltou e disse para os fiscais: 'olha eles (passageiros) querem falar com vocês' e foi embora", acusou Jéssica.
Segundo a mãe, apesar da menina não ter sofrido nenhuma lesão, ela ainda está em estado de choque. "Fico feliz por ela estar bem, mas chateada com a situação. Ela está com febre, dor de barriga e muito nervosa. É revoltante", desabafou a mãe, afirmando que a filha não quer mais viajar no ônibus do BRT. "A menina disse que ainda quer ver o filme, mas que nunca mais quer andar de BRT. E eu também", diz.
Cláudio tentou registrar ocorrência horas depois na 64ªDP (São João de Meriti). Jéssica e a avó, de 83 anos, sofreram ferimentos leves, foram atendidas no Hospital Federal de Bonsucesso e liberadas. Conforme registro de ocorrência, a perícia não foi feita porque o ônibus foi recolhido do local pela empresa Santa Maria.
Em nota, a concessionária que administra o BRT informou que "a atitude do motorista não condiz com a postura que se espera dos profissionais que atuam no sistema BRT. O BRT Rio solicitou à empresa consorciada que afaste o motorista de suas funções e o encaminhe à requalificação. A menina e sua família receberão todo suporte necessário. O Consórcio BRT apoiará o trabalho da polícia na investigação do caso".
Comissão da Criança, do Adolescente e Idoso, da Alerj, cobra providências
Presidente da Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso, a deputada estadual Tia Ju cobrou providências dos órgãos responsáveis para que averiguem o crime cometido pelo motorista do ônibus.
A deputada oficiou o secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani, para saber as providências tomadas em relação ao caso. Também enviou ofício à delegacia para que a unidade forneça o registro de ocorrência e questionou a empresa do BRT, formalmente, para saber como é a capacitação dos motoristas.
A mãe da menina, Jéssica Florêncio Lira, de 23 anos, achou justa a decisão da empresa em demitir o motorista. "Acho justo (a demissão), pois ela tinha obrigação de parar".
Dois adultos e cinco crianças de uma mesma família embarcaram no ônibus do BRT, na estação Penha, para ir a uma sessão de cinema. Por volta das 18h30, quando o veículo chegou à estação Parque União, onde a família desembarcaria, o motorista arrancou com o coletivo. A menina ficou do lado de fora, com a mão presa na porta e em pé no degrau da escada.
Em depoimento na 21ªDP (Bonsucesso), a tia da criança, Michele Florêncio, 30, contou que ao ver a situação gritou e chegou a agarrar o motorista mandando que ele parasse. Ele se negou, dizendo que apenas poderia parar na estação seguinte, Aroldo Melodia, já na Ilha do Governador, a cerca de dois quilômetros de onde a família ia desembarcar.Ao descer do ônibus, Cláudio foi embora sem prestar esclarecimentos sobre ocorrido. De acordo com policiais do 22ºBPM (Maré), o motorista não estava no local na chegada da polícia. "Ele soltou e disse para os fiscais: 'olha eles (passageiros) querem falar com vocês' e foi embora", acusou Jéssica.
Segundo a mãe, apesar da menina não ter sofrido nenhuma lesão, ela ainda está em estado de choque. "Fico feliz por ela estar bem, mas chateada com a situação. Ela está com febre, dor de barriga e muito nervosa. É revoltante", desabafou a mãe, afirmando que a filha não quer mais viajar no ônibus do BRT. "A menina disse que ainda quer ver o filme, mas que nunca mais quer andar de BRT. E eu também", diz.
Cláudio tentou registrar ocorrência horas depois na 64ªDP (São João de Meriti). Jéssica e a avó, de 83 anos, sofreram ferimentos leves, foram atendidas no Hospital Federal de Bonsucesso e liberadas. Conforme registro de ocorrência, a perícia não foi feita porque o ônibus foi recolhido do local pela empresa Santa Maria.
Em nota, a concessionária que administra o BRT informou que "a atitude do motorista não condiz com a postura que se espera dos profissionais que atuam no sistema BRT. O BRT Rio solicitou à empresa consorciada que afaste o motorista de suas funções e o encaminhe à requalificação. A menina e sua família receberão todo suporte necessário. O Consórcio BRT apoiará o trabalho da polícia na investigação do caso".
Comissão da Criança, do Adolescente e Idoso, da Alerj, cobra providências
Presidente da Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso, a deputada estadual Tia Ju cobrou providências dos órgãos responsáveis para que averiguem o crime cometido pelo motorista do ônibus.
A deputada oficiou o secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani, para saber as providências tomadas em relação ao caso. Também enviou ofício à delegacia para que a unidade forneça o registro de ocorrência e questionou a empresa do BRT, formalmente, para saber como é a capacitação dos motoristas.
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